PARTE
2
Saco Lowell, na Sala de Abertura.
Teares Draper e Cromptom na Tecelagem. As máquinas sendo montadas com a ajuda
dos alunos. Uma atividade frenética, marcada pelo cheiro do algodão cru, um
verdadeiro afrodisíaco.
Nas horas vagas eu frequentava as
oficinas, montava e desmontava máquinas fazendo um treinamento adicional.
Setenta e cinco anos se passaram. A
Escola Técnica de Indústria Química e Têxtil cresceu, transformou-se em um
Centro Tecnológico de grande repercussão, expandiu suas atividades para além de
um simples processo de transformação de matérias primas, abrangendo novos
segmentos da cadeia têxtil. Paralelamente, em 1962, criou-se a ABTT –
Associação Brasileira de Técnicos Têxteis - que congrega os profissionais têxteis e
continua seu aperfeiçoamento através de Congressos, Seminários e Feiras, entre
outras atividades e que desempenha hoje um papel importante na integração
Universidade/Empresa.
PARTE 3
O DIVERTIMENTO
Por volta dos anos 50, eu aproveitei a oportunidade que me ofereceram para fazer teatro. Havia sido inaugurada em Fazenda Nova, Município de Brejo da Madre de Deus – PE, uma construção em pedra local, esculpida pelos matutos analfabetos, que reproduzia a cidade de Jerusalém com todas as edificações, ruas e enfeites. Na Semana Santa, era ali representada uma peça teatral denominada “A Paixão de Cristo”. O espetáculo durava três dias. Começava com a Santa Ceia, na Quinta-feira Santa e terminava com a Ressureição.
Eu fui convidado para fazer o papel do
Longuinho – Longinus – o soldado romano que era cego. Na cena em que aparece o
Cristo Crucificado, Longuinho pede a um
outro soldado presente que o ajude a espetar uma lança no coração de Jes’us. Ao
fazê-lo, faz jorrar um jato de sangue sobre seus olhos. E ele percebe que
recuperou a visão. Arrependido, ele começa a implorar perdão ao Senhor pelo mal
que causou.
Fiz a cena com tanto entusiasmo e
alvoroço que fui convidado para representar outras peças no Recife.
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