28 janeiro 2012

Obras primas da literatura

Aos meus incautos leitores:
Estive ausente por muito tempo, bem sei. É que andei rabiscando alguma coisa em outro blog,  o “Curta Crônicas”,    www.curtacronicas.com , onde escrevo em companhia de alguns colegas. Aproveitei para colocar lá uma versão completa do “Bolo de Natal” mas sem a receita do bolo. Hoje volto aqui com estas obras primas, tão divertidas,  e quero propor-lhes uma brincadeira:
Vamos  descobrir quais são as obras apresentadas em sinopse  pelo nosso escritor “rebelde e abusado”. Mandem seus achados. Até agora eu só consegui descobrir quatro. Divirtam-se!


                             Obras primas da literatura
                                                                  “Dê uma gargalhada em torno de uma instituição e ela ruirá”
                                                                                                                                        Voltaire
                                                    
Um escritor rebelde e abusado, cujo nome revelarei mais tarde, solicitou  a um grande bibliófilo que lhe recomendasse algumas entre as grandes obras primas da literatura universal. Em seguida perguntou ao  professor de literatura de uma renomada universidade se aquela lista “estava bem feita”. Recebeu a confirmação de que aquelas eram, efetivamente, obras primas, e ficou sabendo que os textos escolhidos se destacavam “pelo seu estilo, pela forma, pela linguagem, pelas imagens e pelos pensamentos”.
O nosso escritor, rebelde e abusado, leu-as todas e, em duas linhas, explicou do que trata  cada uma delas. São doze:
* “Hostes de homens, chamados heróis, que se desventuraram durante dez anos a fio sob as muralhas de uma pequena cidade por culpa de uma velha seduzida.
* A viagem de um vivo na fossa dos mortos com o fim de falar mal dos mortos e dos vivos.
* Um doido tísico e um doido gordo que vão mundo afora em busca de sovas.
* Um guerreiro que perde o juízo por uma mulher e se diverte em desbulbar o azinheiro da selva. (retirar os bulbos da azinheira, pequena árvore de até 10 metros).
* Um pulha cujo pai foi assassinado e que, para vingá-lo, faz morrer uma rapariga que o ama e outros diversos personagens.
* Um diabo coxo que levanta os telhados de todas as casas para exibir as suas vergonhas.
* As aventuras de um homem de estatura média que se faz gigante entre os pigmeus e anão entre os gigantes, sempre de modo inoportuno e ridículo.
* A odisséia de um idiota que através de bufas desventuras sustenta que este mundo é o melhor dos mundos possíveis.
* As peripécias de um professor demoníaco servido por um demônio profissional.
* A historia ridícula de uma adúltera provinciana que se entedia e, por fim, se envenena.
* As sortidas loquazes e incompreensíveis de um profeta acompanhado de uma águia e de uma serpente.
* Um rapaz pobre e febril que assassina uma velha e que depois - imbecil!- não sabe aproveitar-se da coartada (1)  e acaba por cair nas mãos da polícia.

(1) Coartada = ato de defesa; álibi