24 maio 2024

O QUE FAZER

 

O QUE FAZER

Tendo alcançado a idade provecta, que a semântica define como sábia, conhecedora, adiantada, deparo-me com uma dúvida neste mundo destrambelhado, com guerras fratricidas por preconceito de raças, inundações de áreas gigantescas, crimes cometidos por bandidos protegidos pela justiça e o que mais se puder pensar.

Eu continuo aqui na minha Mansão do Paraíso, em Nova Friburgo, contemplando o Sol e a Lua, cercado por altas palmeiras, troncos de eucaliptos perfumados, e o canto dos sabiás e o coaxar das rãs. E me pergunto: para onde vou?  Sei que a vida é feita de escolhas, mas além de comer a minha prodigiosa sopinha de beterrabas diariamente, fazer a barba, caminhar 15 minutos no jardim e trocar mensagens com alguns amigos, pouco me ocorre. Tenho uma família que me protege e me ajuda em tudo o que preciso. Comer, dormir e dar risadas. Tenho a mesada que

recebo da aposentadoria, que resultou do “laburo” árduo, sem domingos nem feriados ou férias de lei e que me permite atender às despesas domésticas. E o que mais no mundo se me faz preciso?

Encontrei o caminho. Zuenir Ventura, o cronista dos bons tempos, analisou o nosso comportamento diante de atitudes que nos levam a desperdiçar oportunidades com as quais nos deparamos . . . perdemos tempo com bobagens, deixando passar momentos preciosos. E termina citando o poeta Carlos Pena Filho.  Eu o conheci quando morava no Recife, sentado numa cadeira na calçada do Bar Savoy, na Av. Guararapes, para ouvi-lo declamar suas poesias. E agora quero destacar esta:

“Lembra-te que afinal te resta a vida

Com tudo o que é solvente e provisório

E que ainda tens uma saída

Entrar no acaso e amar o transitório”.

 

E assim será. Amanhã irei em busca da vida. Eu a encontrarei. Porque ela estará presente, e eu irei procurar um emprego.

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Achei!  Vou vender Antiguidades! Partindo do pequeno acervo de que disponho.

11 maio 2024

 

A  ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

No dia 13 de maio, celebramos a abolição da escravatura dos negros no Brasil. Promulgada pela Princesa Isabel, que substituía o Imperador Dom Pedro II em viagem ao Exterior, tornou-se lei em 13 de maio de 1888. Passaram-se os anos, os escravos foram libertados, mas permaneceu o preconceito. E este existe até hoje, inclusive no Brasil. Não faltam exemplos, nas ruas, nas lojas, nos prédios, casos em que, inclusive, inervem a Polícia.

Nos Estados Unidos é muito mais grave, pois lá eles são segregados por grupos. Assisti, na Carolina do Norte, quando lá viajei a trabalho, cenas deprimentes. Uma vez, eu queria tomar um ônibus e fui, não só impedido, mas também execrado porque o carro era exclusivo para negros.

Quando adolescente, na Escola Técnica do Recife, tínhamos aulas de educação física.  Convivi com outros alunos, muitos deles negros. Logo aprendi que os negros se destacavam na maioria das atividades acabando, de uma vez, com o mito da raça ariana, com seus jovens de olhos azuis criada pelo nazismo de Hitler e que acabou criando o holocausto, maior crime da história.