Estão me perguntando como anda a minha
inteligência artificial.
Respondo que não tenho inteligência artificial
alguma. Quem me dera! Eu mal consigo
cuidar da inteligência natural de que disponho, trôpega e falaz, quanto mais
fazer incursões num mundo quimérico e fantástico como o da inteligência artificial.
Mal ou bem, andei escarafunchando o
que se dizia naqueles mundos e descobri que as tripas da inteligência artificial
haviam sido afetadas quando a Rússia lançou ao espaço o Sputnik. Foi uma
comoção a nível mundial.
O Sputnik foi o primeiro satélite
artificial lançado no espaço, em 4 de outubro de 1957. A União Soviética iniciou,
assim, a era espacial em conflito com os Estados Unidos, tanto em termos tecnológicos
quanto políticos.
Esse evento criou pânico no país. Uma pergunta ecoava na boca de todos os americanos:
“Como foi que permitimos que a Rússia passasse à nossa frente nessa competição tecnológica?”
Não sei qual foi a resposta dada pelos
cidadãos norte-americanos. Mas, modestamente, posso responder. Quando isso aconteceu
eu costumava ler vários jornais. E li a notícia de que um Senador Americano havia
pronunciado no Congresso um discurso explicando:
“Eles passaram à nossa frente porque costumam
ensinar, nas escolas, a jogar xadrez. Qualquer criança na Rússia joga xadrez.
E eu me lembrei do velho Kasparov e
seu Gambito de Dama.
(Ver crônica “Os
chineses chegaram” – Pag. 190 do livro Memórias).
Os chineses dispunham de um jogo
aparentemente mais simples do que o xadrez, porém muito mais versátil e que
exigia maior esforço mental na sua execução. Era o GO, um tabuleiro quadriculado
com 11x11 linhas e um monte de pedrinhas brancas e pretas. Eu joguei muito
xadrez na minha vida, mas quando tentei o GO, logo desisti. Faltou-me paciência
e competência. E logo dei a desculpa que me ocorreu na hora: “Isso é coisa de
chinês”.
E aí entrou o Google que proporcionou
a criação do AlphaGO, no qual você podia jogar GO contra o computador. Vários
campeões se apresentaram. O AlphaGO sempre venceu. Essa disputa aconteceu por
volta de 2014.
Hoje as empresas estão atentas ao
avanço tecnológico proporcionado pela inteligência artificial, todas elas
preparadas para as leis e normas que deverão acatar. Os grupos são muitos mas convem
destacar os de tecnologia e financeiras.
Aí está. Foi tudo o que consegui produzir
com a ajuda da minha Enciclopédia Barsa e o faro com que tempero minhas tapiocas.
Contudo, ainda tenho a esperança de um dia conseguir fazer a barba com o meu
celular, aprender a não trocar frases como “Carolina de Sá Leitão” por “caçarolinha
de assar leitão” .E que meus incautos leitores me
perdoem por abordar um assunto tão importante, com a leveza de um ingênuo. Espero vocês todos mais adiante,
quando a Inteligência Artificial acionar a chave da Suma Sapiência e disser :
“Agora tá tudo certo. Tudo junto e
misturado”
.