ACONTECEU - SINCRONICIDADE
Mera coincidência : Eu não te disse
que ia chover? Então, choveu ?
-- Sim, choveu. E eu me danei todo.
-- Está vendo ? Você não deu importância
aos sinais. Isso não é mera coincidência.
É sincronicidade. Existe uma coisa muito ampla, nisso que chamamos de firmamento, ou
melhor, O Mundo Cósmico.
Tenho lido muito sobre sincronicidade.
Os livros do DeepK Chopra explicam bem o fenômeno.
E um deles aconteceu comigo. Aqui cabe
uma pequena introdução:
Aldenor era meu colega de trabalho
quando eu estava preparando o Programa de Reaparelhamento da Indústria Têxtil, na
SUDENE, no Recife. Aldenor era Chefe do
Departamento Jurídico do Banco do Nordeste, nosso coligado no Programa.
Figura original, Aldenor morava com três
mulheres. Não tinha filhos. Uma era a própria esposa. A outra, irmã da esposa. A
terceira, uma prima.
Durante o trabalho, às vezes ele vinha ao
Recife, outras eu ia a Fortaleza. Nestes casos, ele não permitia que eu ficasse
em hotel. Ficava hospedado na casa dele e era sempre ele que me levava e trazia
do Aeroporto. Numa dessa viagens ele diz à esposa:
-- Oh, Maria ! O Spreafico vai pro
Aeroporto amanhã bem cedinho, Você levanta e, por favor prepara o café pra ele.
Interrompi imediatamente:
-- Não senhor. Não vou permitir que a
Maria faça isso. Ele insistiu, e
insistiu tanto, que deu-me na telha fazer uma brincadeira:
-- Olha Aldenor: você não pode fazer
isso. Sabe por que ? Porque no caminho
vai cair uma chuva, você vai furar o pneu do carro e ainda pode ser que, na
volta, derrape na estrada lamacenta. Todos riram, a Maria levantou cedo, fez o café
e partimos para o Aeroporto. Chegamos lá, o motorista encostou o carro próximo
da calçada. Perto da entrada coloquei as malas no chão e ficamos nos despedindo.
Nesse momento, percebi que alguns
pingos de água começaram a cair. Adverti: Estão vendo ? A chuva já começou. Agora
só falta furar o pneu.
Ppffffffff . . . Mal pude acreditar.
Olhei para o carro e vi pneu direito traseiro achatando-se no chão. Me ressoam
até hoje as palavras do motorista atônito
:
Que boca !!!