23 junho 2025

NOVOS TEMPOS NOVAS IDEIAS

 

Tenho pensado muito a respeito deste assunto. Estou convencido de que o mundo mudou e era melhor. Vagando pelos lugares afora fui parar no meu amado Recife dos bons tempos. Vejam o que  aconteceu: Recife  me  recebeu como quem oferece sombra num dia sem árvore. Cheguei com a alma ressecada de concreto, arrastando uma mala que fazia mais barulho que sentido.

Severino Mandacaru, amigo invisível e fiel, apareceu logo  na saída do Aeroporto, parado ao lado de um vendedor de passaporte falso, coçando um queixo inexistente e sussurrando:

Chegamos, cabra! Recife é uma cidade que transpira o aroma das frutas maduras. Andamos pelas ruas de pedra do Recife Antigo como dois personagens fora do tempo. Eu suando e tentando encontrar poesia nos buracos da calçada, firme como uma metáfora espinhosa, admirando casarões onde se encontram os parentes e amigos.

No Marco Zero, Severino Mandacaru parou e olhou para o  mar e disse: “Aqui é onde tudo começa e acaba, dependendo de quem conta”. Depois caminhei até uma feira onde comprei  uma tapioca com queijo de coalho. Nada disso tem gosto de Sertão. O Carnaval fervia alegre e majestoso.  E fui balançar as pernas na ponte Buarque de Macedo.

 

 


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