26 junho 2023

A LONGEVIDADE VISTA DE PERTO

 Quando tratei dos velhinhos, entre os quais me incluo, eu já estava mais “pra lá de Bagda”. Não que tivesse bebido, pois que para isso não me faltou oportunidade, mesmo depois que perdi o emprego. Trabalho é o que não me falta, mas vou levando com moderação. Vai que me se estica um nervo e . . . catapum !  Além da queda, coice.

 

Pois, refletindo um pouco, percebi que uma olhadela macro ao tema, me desvendaria comportamentos e atitudes que esticariam a própria longevidade.

Começando com as “zonas azuis” e seu gene privilegiado às quais me referi alhures e o infindável número de estudos, sempre oriundos de Universidades Norte Americanas, que tratam de tipos de vida que levamos, regime nutricional, atividade física, conexão mente-corpo, entre outros.

 

No que diz respeito ao regime alimentar sou afortunado pois desde cedo embarquei na Cozinha Mediterrânea e seus moderados copos de vinho, depois estendidos para o Chile e gradativamente, na medida em que foram melhorando de qualidade, aos vinhos nacionais, notadamente os do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.

 

Quanto à minha atividade física, melhor esquecer. Estou pregado ao solo pelo peso das pernas.  Certamente fui castigado por algum malfeito que cometi. Motivos não faltaram. Mesmo assim, sou irremediavelmente feliz.

Imaginem se eu estivesse morando na Ucrânia!

10 junho 2023

A MINHA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 Estão me perguntando como anda a minha inteligência artificial.

Respondo que não tenho inteligência artificial alguma. Quem me  dera! Eu mal consigo cuidar da inteligência natural de que disponho, trôpega e falaz, quanto mais fazer incursões num mundo quimérico e fantástico como o da inteligência artificial.

Mal ou bem, andei escarafunchando o que se dizia naqueles mundos e descobri que as tripas da inteligência artificial haviam sido afetadas quando a Rússia lançou ao espaço o Sputnik. Foi uma comoção a nível mundial.

O Sputnik foi o primeiro satélite artificial lançado no espaço, em 4 de outubro de 1957. A União Soviética iniciou, assim, a era espacial em conflito com os Estados Unidos, tanto em termos tecnológicos quanto políticos.  

Esse evento criou pânico no país.  Uma pergunta ecoava na boca de todos os americanos: “Como foi que permitimos que a Rússia passasse à nossa frente nessa competição tecnológica?”

Não sei qual foi a resposta dada pelos cidadãos norte-americanos. Mas, modestamente, posso responder. Quando isso aconteceu eu costumava ler vários jornais. E li a notícia de que um Senador Americano havia pronunciado no Congresso um discurso explicando:

“Eles passaram à nossa frente porque costumam ensinar, nas escolas, a jogar xadrez. Qualquer criança na Rússia joga xadrez.

E eu me lembrei do velho Kasparov e seu Gambito de Dama.

 

(Ver crônica “Os chineses chegaram” – Pag. 190 do livro Memórias).

Os chineses dispunham de um jogo aparentemente mais simples do que o xadrez, porém muito mais versátil e que exigia maior esforço mental na sua execução. Era o GO, um tabuleiro quadriculado com 11x11 linhas e um monte de pedrinhas brancas e pretas. Eu joguei muito xadrez na minha vida, mas quando tentei o GO, logo desisti. Faltou-me paciência e competência. E logo dei a desculpa que me ocorreu na hora: “Isso é coisa de chinês”.

E aí entrou o Google que proporcionou a criação do AlphaGO, no qual você podia jogar GO contra o computador. Vários campeões se apresentaram. O AlphaGO sempre venceu. Essa disputa aconteceu por volta de 2014.

Hoje as empresas estão atentas ao avanço tecnológico proporcionado pela inteligência artificial, todas elas preparadas para  as leis e normas  que deverão acatar. Os grupos são muitos mas convem destacar os de tecnologia e financeiras.

Aí está. Foi tudo o que consegui produzir com a ajuda da minha Enciclopédia Barsa e o faro com que tempero minhas tapiocas. Contudo, ainda tenho a esperança de um dia conseguir fazer a barba com o meu celular, aprender a não trocar frases como “Carolina de Sá Leitão” por “caçarolinha de assar leitão” .E que meus incautos leitores me perdoem por abordar um assunto tão importante, com a leveza de um ingênuo. Espero vocês todos mais adiante, quando a Inteligência Artificial acionar a chave da Suma Sapiência e disser :

“Agora tá tudo certo. Tudo junto e misturado”   

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